quinta-feira, 9 de outubro de 2008

"Eu que não sei o que sou", de Francisco José Viegas

Tudo parece gasto, tudo: os corredores, as janelas,
mas sobretudo os nomes das coisas, a forma como
se organizam e se preparam para a morte,
o modo de tudo desaparecer. Um sentido
para as coisas, um sentido para dar às coisas.
Ter medo e saber, esquecer e querer esquecer.
Sento-me à noite na varanda onde o frio chega
primeiro e reparo que tudo parece gasto e sem sentido.

(in Se me comovesse o amor)

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