segunda-feira, 16 de março de 2009

Ainda um poema do «Livro das Quedas», de Casimiro de Brito

Se o mundo não tivesse palavras
a palavra do mar, com toda a sua paixão,
bastava. Não lhe falta
nada: nem o enigma nem
a obsessão. Entregue ao seu ofício
de grande hospitaleiro
o mar é um animal que se refaz
em cada momento.
O amor também. Um mar
de poucas palavras.

(in Livro das Quedas)

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