domingo, 14 de fevereiro de 2010

"Corpos", de José Jorge Frade

Teu corpo é arco
na ponta dos meus dedos
três leves polpas
na flor da minha mão
com que inflamo a manhã
no teu ventre.

mergulhado
nos teus braços
envolto em lábios,
em perfume.

em beijos,
na água do teu pescoço
brando de rosas
nos picos doces
no peito leve.

Quando somos amor
nossos corpos são arcos

(in Efémeros Vestígios)

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