segunda-feira, 8 de novembro de 2010

"Nascemos para o sono"

Nascemos para o sono,
nascemos para o sonho.
Não foi para viver que viemos sobre a terra.
Breve apenas seremos erva que reverdece:
verdes os corações e as pétalas estendidas.
Porque o corpo é uma flor muito fresca e mortal.

(Poesia mexicana do ciclo Nauatle, in O Bebedor Nocturno; poema mudado para português por Herberto Helder)