quinta-feira, 24 de março de 2011

"Tecidos", de Ana Paula Tavares

Meu corpo
é um tear vertical
onde deixaste cruzadas
as cores da tua vida: duas faixas um losango
marcas da peste.

Meu corpo
é uma floresta fechada
onde escolheste o caminho

Depois de te perderes
guardaste a chave e o provérbio.

(in Dizes-me coisas amargas como os frutos)

Sem comentários: