quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Dois poemas de Emily Dickinson (e duas traduções de Jorge de Sena)

I hide myself within my flower,
That fading from your Vase,
You, unsuspecting, feel for me
Almost a loneliness.

* * *

Escondo-me na minha flor,
Para que, murchando em teu Vaso,
tu, insciente, me procures -
Quase uma solidão.

* * *

Silence is all we dread.
There's Ransom in a Voice -
But Silence is Infinity.
Himself have not a face.

* * *

O Silêncio é o que tememos.
Há um Resgate na Voz -
Mas Silêncio é Infinidade.
Não tem sequer uma Face.

(in 80 Poemas de Emily Dickinson; trad. Jorge de Sena)

Sem comentários: