segunda-feira, 10 de outubro de 2011

(Entre parênteses)

(Entre parênteses podemos questionar tudo. E a verdade é que tenho questionado o sentido deste poemapossivel, tão sem mérito e, há que admiti-lo, tão estático. Nestes três anos de existência tem vindo a crescer, crescer, mas sem qualquer evolução aparente - a não ser, talvez, o acréscimo de novos autores. É legítimo, mais uma vez, pensar em dar-lhe um ponto final. Este fac-simile de leituras feitas, assumido desde o início como inglório (e porventura inútil) esforço, não serve ninguém. Os livros de poesia, já o escrevemos, se acabam por ser um luxo, são suficientes por si; e ainda que os leia, e, à minha maneira os tenha vindo a publicitar, dou por mim a pensar se os ditos livros não serão "suficientes por si" mesmo sem leitores. No outro dia li um curto texto sobre a inutilidade de escrever poemas; o autor [suponho que a si mesmo] dizia que era essa inutilidade que os tornava importantes, e auto-justificado estava o ato de os escrever. Bem, não sendo um teórico da poética, apenas me interrogo: a importância da poesia não acusará, por sua vez, a inutilidade deste blogue?)

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