quarta-feira, 14 de novembro de 2012

"A Ricardo Reis, no Mar da Galiléia", de Alberto da Costa e Silva

Só dizem os deuses o que logo esquecem,
mas o jogo do céu é amplo e reto,
e cada lance é um coração aberto:

nele não dorme o que se fez desperto,
o eterno é agora e em si mesmo morre,
nunca houve rumo e todo sempre é incerto.

- Não creio, e rezo.

(in Brasil 2000. Antologia de poesia contemporânea brasileira; ed. Alma Azul, 2000)