terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

"Erosão", de A. M. Pires Cabral

Montes arredondados, de tão velhos,
que já destes pão e hoje dais cardos,

dizei qual erosão mais vos magoa:
se a que vos vem do alto
no uivo dos ventos e nas cordas de chuva

– se a do desuso agrário.

(in Gaveta do Fundo; ed. Tinta da China, 2013)

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