segunda-feira, 23 de junho de 2014

"Os dias seguem-se aos dias", de Luís Filipe Castro Mendes

Cada dia contém uma nova ameaça,
por isso a nossa vida nunca está imóvel.
Mexes os braços durante a noite, quase acordas,
mas deixo-te respirar, sossega agora.
O dia vai trazer a sua carga de penas,
de culpas, de indefinidas faltas
por saldar.
Dorme, por enquanto. Amanhã é um novo dia.

(in A Misericórdia dos Mercados; ed. Assírio & Alvim, 2014)

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